O BAILE

FICHA TÉCNICA – ELENCO – TRAJETÓRIA – PRÊMIOS – FOTOS – VÍDEOS – PROPOSTA CÊNICA

“O salão gira e nele o tempo estaciona. Cada um carrega nos ombros o peso de suas histórias. Várias vidas, um lugar, um baile. Figuras tristes tentam se encontrar, buscando sentido às suas vidas. Lá fora a noite é fria e a cidade dorme”.

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CAPITÃO FRACASSA NA ILHA DO MOCOSA

FICHA TÉCNICA – ELENCO – TRAJETÓRIA – PRÊMIOS – FOTOS – VÍDEOS – PROPOSTA CÊNICA

“Capitão Fracassa na Ilha do Mocosa” conta a história de um grupo de aventureiros liderados pelo Capitão Fracassa que passam por muitos apuros em uma ilha misteriosa. A peça foi inspirada nos tipos da Commedia dell´arte e suas máscaras e em vários filmes como: “A viagem do Capitão Tornado”; “Em busca do cálice sagrado” e “Brancaleone”, além do personagem dos quadrinhos “Groo, o errante”.

Direção: André Meirelles

 

PROMETEU

FICHA TÉCNICA – ELENCO – TRAJETÓRIA – PRÊMIOS – FOTOS – VÍDEOS – PROPOSTA CÊNICA

“A humanidade em seus primórdios. A beleza e a brutalidade da natureza e seus mistérios. O nascimento, o vento, a travessia, a morte. As fogueiras em noites escuras e miríades de estrelas sob o firmamento. Os deuses que moldam a ferro e fogo a alma dos mortais. Prometeu”.

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PROPOSTA CÊNICA – ORFEU

PROPOSTA CÊNICA

O grupo MPT, neste projeto, remete-se à mitologia grega para dançar e interpretar o mito de Orfeu e sua trágica viagem ao submundo em busca de sua amada, Eurídice. O espetáculo “ORFEU – Sem Você, Meu Amor, Eu Não Sou Ninguém” é encenado por atores com aprimoramento em elementos específicos de Teatro-Físico e desenvolvimento na prática da Dança de Salão. Partindo desta premissa, o grupo começou a pesquisar o mito de Orfeu nos mais diferentes suportes como a dança moderna, literatura, cinema, música, histórias em quadrinhos e teatro.

Vinícius de Moraes

Desta pesquisa, elencamos do poeta, compositor e dramaturgo, Vinicius de Moraes, que em 2013 completaria 100 anos de existência, a obra “Orfeu Negro”. Nesta adaptação do mito de Orfeu, Vinicius trouxe a história para os cenários cariocas, o morro o samba e o carnaval. De Vinicius, ficou na nossa peça a essência carnavalesca e afro; os sons de berimbaus e atabaques; a gafieira e a dança de salão; o título, homenagem ao poema “Samba em Prelúdio” e uma grande figura que deu a tônica de toda a peça: A personagem MIRA. Na obra de Vinicius MIRA é abandonada por ORFEU porque este havia se apaixonado por EURÍDICE e seu drama passa a ter pouca importância no desenrolar da peça. Vinicius prefere focar a história no amor romântico entre Orfeu e Eurídice. Na nossa proposta demos uma atenção especial a esta personagem e nos questionamos sobre até onde uma pessoa pode chegar por amor. O sofrimento e as ações de MIRA justificam seus atos? Desta maneira MIRA passa a ser quase uma anti-heroína que luta pelo amor de ORFEU e carrega, como nas tragédias gregas, o momento que desencadeia a ação trágica, levando ORFEU ao submundo e por fim, a sua morte.

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As fúrias e o coro grego

A tragédia grega teve sua influencia ao colocarmos o coro em diversas cenas ajudando na narração. As Fúrias, as Carpideiras, os Demônios, foram explorados como recurso narrativo. A construção das personagens FÚRIAS segue esta proposta andando, falando e
seguindo juntas por toda a peça. Estas personagens começam como mulheres do morro, amigas e cumplices de MIRA.
Espíritos vingativos nascidos do caos que vão desestabilizando MIRA com fofocas e artimanhas, levando-a matar Eurídice. À medida que a tragédia se anuncia, vão adquirindo suas verdadeiras formas monstruosas culminando na cena final que estraçalham ORFEU matando-o enquanto MIRA observa sem poder reagir. Durante a peça as maquiagens das atrizes iam borrando levemente até que na cena final, estavam literalmente desfiguradas simbolizando, deste modo, suas verdadeiras faces.

Dois Orfeus e Deus ex-machina

Outra escolha foi trabalhar com dois  Orfeus em cena. Simbolicamente poderíamos dividir a peça em dois planos distintos. O Orfeu do morro, mais perto da obra de Vinicius e o Orfeu Mítico, que desce ao submundo e enfrenta o próprio HADES para resgatar sua amada Eurídice. A dualidade do personagem é demonstrado também entre o desejo carnal por MIRA e o amor romântico e idealizado por EURIDICE. Um ser atormentado e fragmentado em constante conflito interior. Na cena de transição entre os dois “mundos”, os Orfeus se encontram e se reconhecem. Neste instante, são ajudados por um Deus ex-machina (Uma corda que desce dos céus e os conecta) ajudando-os a descer ao submundo. Esta mesma corda, ligando os dois Orfeus, protege ORFEU dos Demônios e do próprio HADES, mas também impede que ORFEU resgate Eurídice. A possibilidade de trabalhar com dois “Orfeus”, abriu margem para muitas leituras e estimulamos o elenco a deixar em aberto isso. Durante as apresentações muitas teorias foram levantadas pela plateia como Alma x corpo ou fragmentos da mesma consciência Id x Superego.

As máscaras

Uma das técnicas trabalhadas durante o processo de ensaio foi à máscara neutra, marca registrada do grupo. Foi preparada uma cena especificamente para os DEMÔNIOS, guardiões do submundo e subalternos ao HADES. As máscaras foram idealizadas para destacar o caráter sobrenatural e bizarro, além de uniformizar os “seres”. As máscaras se destacaram pelo uso de luz negra criando efeitos interessantes e surreais.

Neil Gaiman e Hades

Neil Gaiman é um dos mais influentes escritores da atualidade. Criador do ícone dos quadrinhos, o personagem Sandman. Em uma de suas histórias, Sandman desse ao Inferno para tentar resgatar uma pessoa que ele amou e que havia sido condenada ao tormento eterno. Chegando lá enfrenta o senhor do inferno, Lúcifer, e é obrigado a passar por um desafio. Essa história, claramente influenciada pelo mito do Orfeu, serviu de base para criarmos HADES e seu “mundo”. Um HADES cínico, boçal, arrogante e superficial. Do Sandman aproveitamos os diálogos do “desafio” formado por charadas. Como um bizarro show de stand-up, HADES e ORFEU se enfrentam até as últimas consequências.

Sonoplastia e Iluminação

Um elemento que foi muito importante durante a encenação foi à musicalidade. As músicas, meticulosamente selecionadas, possuíam papel fundamental, pois conduziam a narrativa do espetáculo. Era a música e o corpo dos atores que contavam a história. Desde os primeiros ensaios a música era presente ajudando nas improvisações e dando o tom do espetáculo. Dos artistas que selecionamos, o destaque foi para o compositor francês Rene Aubry, autor de um estilo musical contemporâneo, melancólico e estranho, encaixando perfeitamente na proposta do espetáculo. Outras referências foram alguns sambas clássicos como “Você abusou”, dos compositores Antônio Carlos e Jocafi, interpretado na voz de Maria Creuza, tema da personagem MIRA e “Sufoco” de Alcione, para a cena do Baile de Carnaval, quando ORFEU encontra pela primeira vez EURÍDICE. Vinicius com “Samba em Prelúdio” canta no prólogo da peça: – Sem você, meu amor, eu não sou ninguém… Na cena final prestamos uma homenagem a Gluck, compositor e criador da Opera Orfeu e Eurídice. Chama-se “As fúrias” e nos pareceu adequado usar esta música no momento que as FÚRIAS atacam ORFEU e o matam. A iluminação foi planejada para um palco italiano. Era pontual, deixando espaços escuros propositalmente além de contrastes e contraluzes. Seguindo o conceito dos “Dois Orfeus”, a luz segue a divisão em dois atos. O primeiro, mais amarelo, avermelhado, quente onde as paixões são mais humanas e carnais e depois, no ato final, mais azulado, frio, morto e triste como o submundo onde HADES vive. A luz buscava deformar a visão e ampliar o ar mítico e estranho, causando estranhamento na plateia.

Figurino

Nossa referencia principal foram os filmes do cineasta Tim Burton. A morbidez e cores com pouca vivacidade eram predominantes. Roupas sem acabamento (desgaste da vida, das relações). Seguindo a ideia da desconstrução dos personagens o figurino ia de desfazendo, desmanchando a medida que a história ia se desenrolando. O figurino da Mira tinha cores vivas representando o fogo, paixão e todas suas emoções intensas. Por ser também uma fúria usa as mesmas cores das outras, preto e vermelho. As fúrias usavam vestido preto com forro vermelho. O vermelho do forro surge escapando estrategicamente em alguns momentos, representando a personalidade sedenta por sangue que sempre deixam vir a tona. As pontas representam suas asas, garras, sua selvageria juntamente com o cabelo e a maquiagem. A Eurídice, oposto de Mira, tinha como elemento primordial a água. Sua personalidade era calma, serena e por isso a cor predominante de seu vestido era o azul. O corte do vestido representava seu romantismo, leveza de ser, porém sensual pois deixava evidente sua pele.

 

 

 

 

 

 

 

TRAJETÓRIA – ORFEU

ESTREIA

03 e 04 de dezembro de 2013, as 20h30.
Auditório Bento Mossurunga.
2 apresentações.

FRINGE

(Festival de Teatro de Curitiba)
29 de março e 05 de abril de 2014, as 11h e as 16h.
Sessão extra – 2 de abril as 20h
Auditório Bento Mossurunga.
5 apresentações.

ANTONINA
17 de maio de 2014, as 20h.
Theatro Municipal de Antonina.
1 apresentação.

LAPA

01 de agosto de 2014, as 19h30.
Theatro São João.
1 apresentação.

GUARAPUAVA
29 de agosto de 2014, as 20h.
Auditório UNICENTRO
1 apresentação.

Ministramos uma oficina de Teatro Físico para a Universidade.

CAMPO MOURÃO
(FETACAM – Festival de Teatro de Campo Mourão – Mostra Principal)

11 de setembro de 2014, as 20h
Teatro Municipal

1 apresentação

TOTAL DE APRESENTAÇÕES: 11

 

ELENCO

 

EQUIPE TÉCNICA

 

 

 

 

 

FICHA TÉCNICA – ORFEU

ENCENAÇÃO – COREOGRAFIA – ROTEIRO – DESENHO DE LUZ – DESENHO DE SOM

André Meirelles

FIGURINO
Michele Borgo

MAQUIAGEM
Raquel Santana Melo

PRODUÇÃO
Raquel Santana Melo
Kendra Hintze

OPERAÇÃO DE LUZ
Mari Cristine

OPERAÇÃO DE SOM

Pedro Daudt

SUPORTE TÉCNICO
André Vaghetti
Alex Guidolin
Thiago Fernandes

FOTOGRAFIA
Alex Guidolin
Thiago Fernandes

CONSULTORIA
Hermison Nogueira